28 de julho de 2010

Salsicha vegetal

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Por mais que isso não tenha nada a ver, e que a gente não precise disso, tenho mania de adaptar/inventar/arranjar produtos e comidas não-animais que se pareçam com alimentos que comumente contêm carne. Por isso vocês irão se deparar em breve neste blog com coisas como hambúrguer de carne de soja, kibe frito, almôndegas ao molho, recheio de "frango" desfiado, e até linguíça, feita com tripa de celulose e carne de soja cor-de-rosa! Porque vegetariano não passa vontade!

=D

                                               salsicha vegetal Perdigão

Hoje venho dar a dica da salsicha vegetal. Infelizmente não é em qualquer lugar que é encontrada (procure em lojas específicas de produtos naturais ou vegetarianos, ou em mercadões municipais). Conheço duas marcas: a da Superbom e a da Perdigão.


A salsicha vegetal Superbom vem em lata, e é bem parecida com salsicha comum enlatada: no sabor e na aparência (sem aquela pele vermelha de volta).


Já a salsicha vegetal Perdigão é apresentada em embalagem plástica, a vácuo, e vem congelada.


                              salsicha vegetal Superbom

                                      salsicha vegetal Superbom

                                                salsicha vegetal Perdigão


Minha preferência é pela salsicha da Superbom, que é melhor para armazenar, melhor para preparar, e é um pouco mais barata do que a outra. A da Perdigão, por ser congelada, acaba "esfarelando" quando começa a degelar, o que acaba impedindo de colocá-las em algum refogado, por exemplo. Mas dá muito certo pra fazer fritinha, em rodelas. Prefiro a da Superbom também porque é uma empresa de produtos não-animal ("a marca que permanece pura", segundo seu próprio slogan), diferente da Perdigão, que vive de matar frango.


11 de julho de 2010

Umbigo de Banana

  
É a flor da bananeira. Pétalas gigantes que abrigam as bananinhas minúsculas com suas florzinhas; o coração da planta, no final de cada cacho das frutas.


Foi em Ouro Preto que aprendi que este tipo de feto, tão cheio de vida, também é comestível. Nas feiras encontramos bancas cheias deles. E as donas-marias nos ensinam como preparar:
Lavar, cortar em fatias, colocar em uma tigela e deixar de molho em água com vinagre por algumas horas. Depois jogar essa água, transferir para uma panela, colocar outra água com mais um pouco de vinagre e sal, e cozinhar por uns 40 minutos. Deixar esfriar um pouco, e repetir o processo: colocar outra água com vinagre e sal e cozinhar por mais uns 40 minutos.

 

Tudo isso pra tirar a nódoa. E se achar que ainda não tirou por completo (se estiver meio grudento ainda), repita mais uma vez o procedimento. Então escorra e planeje o complemento.




Tradicionalmente se usa carne de porco para acompanhar.





Como aprendi assim, só preparava o umbigo de banana com proteína de soja, cebola e bastante tempero, num tipo de refogadão (como na foto abaixo). Mas depois comecei a ousar e refogar com outros ingredientes, e até a incrementar recheios (como o quiche do post anterior ou o conchillioni de algum post futuro). 


 
                          refogado de umbigo de banana com PTS fina e cebola


                                                   brócolis refogado com umbigo de banana

7 de julho de 2010

conversa paralela: 4 de dezembro de 2006

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Minha vida tá tão triste ultimamente... Mas essa é a condição de se estar vivo, não é....? Há pequenas coisas que me dão um prazer, uma sensação de peito cheio, mas ao mesmo tempo, apertado. Coisas como ouvir a voz e as guitarrinhas do Lou Reed... no caso de eu estar fazendo almoço, saio com a colher-de-pau na mão dançando pela casa... então o cheiro de alho queimando me traz de volta à realidade. Aí quando coloco a cebola na panela junto pra fritar, sucitam-me umas lágrimas no canto dos olhos, que já desencadeam lágrimas sentimentais e não mais sensitivas como as da cebola, que rolam pelo rosto e já ajudam a salgar o arroz que estou preparando. Corto uma beterraba ao meio, na transversal, parece um coração pink, cheio de fissuras esbranquiçadas. Fico um tempo viajando nessa imagem, nesse ser tingido, e quando me dou conta, a vizinha me fita por minha janela através da sua janela, com cara de desaprovação e pensando: ó: essa mininaí é doida! Isso me traz de volta à realidade de novo. A beterraba está brotando, peraí que eu vou lá fora plantá-la.... Pronto, tomara que pegue! Nossa, que música linda está tocando agora, quem será esse cara? Provavelmente nunca vou saber; isso que dá cd de coletânea pirata. Novamente saio inventando passos de dança cozinha afora. Putz, que almocinho mixo hoje, hein, nem feijão deu tempo de fazer... Deixa então eu bater um omelete e picar um tomate porque GATOFILHADAPUTA, PÁRADESAPATEARNOMEUCANTEIRO! ...e picar um tomate porque essa história de escrever e cozinhar ao mesmo tempo não deu muito certo.
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